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" foi aprendendo a conhecer a mata e os seus mistérios: o estranho piar de pássaros exóticos; os indícios de que estavam perto de água; as pistas denunciadas pelos vestígios de quem ali passara antes; a diferença de som entre os tiros de pistola e os de espingarda, ou a identificação, pelo ruído, do rebentamento de uma granada ou do deflagrar de uma mina. Nas situações de perigo teve de dar o exemplo, frente dos seus homens. Nas euforias teve de moderá-los. Nos desânimos teve de arranjar forças para os moralizar. Ouviu as primeiras confidências, as histórias familiares, alguns dramas, e não pôde deixar de dar conselhos. Apercebeu-se dos medos, das cobardias e dos heroísmos anónimos. [... ] Foi então que teve o primeiro incidente grave a comandar o seu pelotão [... ]» Inspirando-se nas suas memórias de jovem militar, o autor escreveu estas histórias que são um testemunho vivo, original e cheio de humanidade sobre o que foi a chamada Guerra do Ultramar, vista a partir do dia-a-dia entre o quartel e a mata daqueles rapazes que nela se viram envolvidos e que a ela tiveram de se adaptar.Não são histórias reais,